Quando se é adolescente,
pensamos ser quase imortais. Nada nos deterá. Nada nos fará parar. Um ciclo de
ansiedade e emoções toma conta do nosso corpo e da nossa mente, e por vezes, essa
etapa conturbada da nossa vida fica marcada para sempre. Lembro-me claramente
de achar que nada iria me acontecer e isso me fazia ficar livre nos meus
pensamentos. Porém, mesmo livre, sentia-me ansiosa pelo futuro, pelo porvir,
quantos filhos teria, qual seria minha profissão, onde moraria... Isso tudo me
causava uma ansiedade absurda que por muitas vezes, senão todas, era suprida
com comida. E muitas vezes só percebemos essa fragilidade na vida adulta.
O grande
psiquiatra e autor de best sellers, Augusto Cury, escreveu em seu livro “Ansiedade. Como enfrentar o mal do século”:
“Alguns jovens
só conseguem perceber algo errado em sua vida quando se tornam adultos frágeis,
dependentes, ansiosos, cujos sonhos foram enterrados nos becos da história.
Alguns pais só conseguem perceber a crise familiar depois que suas relações com
os filhos estão esfaceladas sem respeito, afeto e amor. Alguns casais só
percebem que sua relação está falida depois que vivem o inferno dos atritos.
Alguns profissionais só conseguem perceber que não são produtivos, proativos,
criativos depois que perderam o encanto pelo trabalho, quando estão na lama da
frustação.” (Pág. 48)
Lendo este
trecho do livro, percebe-se claramente que esse sentimento confuso da
adolescência perpetua na vida adulta quando não bem tratado e dessa forma, não
há como despertar o sagrado que há em cada um de nós, seres com capacidade
cognitiva avançadíssima e condutores de avanços tecnológicos e na medicina.
Quantas vidas já foram salvas por descobertas feitas por cientistas? Quanta
saudade matamos por podermos ver pessoas queridas no outro lado do mundo
através de computadores e smartphones? Surpreendo-me ainda como conseguimos
construir aviões de grande porte, navios gigantescos, e mais ainda, como
conseguimos armazenar tanta informação num cartão de memória que não chega a
metade do tamanho de nossa unha da mão.
Todos esses
avanços são permitidos porque temos algo divino em nós e a ansiedade, por
vezes, não deixa que pessoas altamente capacitadas progridam rumo a uma vida
financeira e emocionalmente estabilizada, carregando sentimentos conturbados
desde a infância e/ou adolescência.
E como
resgatar esse sagrado, esse divino em nós? A questão é se queremos resgatar,
queremos ser menos ansiosos a fim de ter uma vida mais produtiva e feliz. Isso,
claro, todos querem, mas muitos colocam barreiras para não tratar desse
sentimento que suga nossas forças e nossas energias. A primeira coisa a fazer é
reconhecer de fato que é necessário procurar orientação profissional. A meditação,
como foi falada em alguns posts anteriores, também é uma boa aliada, pois
relaxa não só o corpo como a mente e essa, a mente, precisa urgente ser
relaxada, porque vivemos numa era de informações tão rápidas que nosso cérebro
precisa trabalhar de forma exacerbada para processar tudo isso. No mais, fazer
o que se gosta é essencial para que a vida tenha sentido pleno. Não adianta
trabalhar 50 horas por semana para manter um padrão de vida e não usufruir de
nada porque você está esgotado. A vida precisa de equilíbrio e é nesse sentido
que devemos caminhar.
Para finalizar
meu artigo, cito mais uma vez o grandioso Augusto Cury, que no mesmo livro
citado acima diz:
“ Vivemos a
vida como se ela fosse interminável. Mas entre a meninice e a velhice há um
pequeno intervalo de tempo. Olhe para sua história: não parece que você dormiu
e acordou com essa idade? Para as pessoas superficiais, a rapidez da vida
estimula a viver destrutivamente, sem pensar nas consequências dos seus
comportamentos. Para os sábios, a brevidade da vida convida-os a valorizá-la
como um diamante de inestimável valor.” (Página 49)
Sejamos
sábios!!!! Valorizemos nossa vida como um diamante caríssimo!! Desaceleremos
nossa mente e dessa forma, conquistaremos uma coisa de cada vez!! Rumo ao
sagrado!!!
Autora: Josiane Medeiros Scofield
Professora de Língua Portuguesa de Ensino Fundamental e Médio.
Especialista em Língua Portuguesa
Corretora de redação em bancas de concursos.
Professora de Língua Portuguesa de Ensino Fundamental e Médio.
Especialista em Língua Portuguesa
Corretora de redação em bancas de concursos.
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